Dani Navegantes

sexta-feira, abril 08, 2011


DESABAFO - Leia e Reflita!

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Olá queridas leitoras,

Quero pedir licença a vocês porque o post de hoje não falará sobre beleza, maquiagem e nem algo do gênero. Falarei sobre um assunto MUITO TRISTE, a tragédia que aconteceu ontem na minha cidade, o Rio de Janeiro. 

Soube da notícia cedinho enquanto tomava café da manhã. Meu marido ligou a televisão e nos deparamos com uma triste realidade, talvez a mais triste que já tenha visto. O que era para ser um rotineiro e saboroso café da manhã transformou-se me momentos de angústia e aflição e o gosto do café da manhã... ah, este eu nem senti.

Me choquei com as cenas que vi, minha reação foi chorar, chorar MUITO!!!

Fiquei inconformada com o acontecido. Apesar de não ser mãe, me coloquei no lugar daqueles pais que deixaram  no colégio - até então um lugar considerado seguro - seu filho cheio de vida, de sonhos, de emoções peculiares a esta fase da vida (adolescência) e não puderam buscá-lo para dar continuidade a tantos sonhos que foram gerados junto com a vida deste filho... 

Fico me perguntando o que leva uma pessoa a agir como o tal assassino, sei que as opções de respostas são inúmeras e apesar disso continuaremos sem resposta pelo fato de não concebermos tal idéia.

Me pergunto: Aonde vamos parar? Que sociedade louca é esta que estamos formando?
Onde está o temor a Deus? Onde está o amor ao próximo? Mas que próximo?

Me pergunto se em meio a uma sociedade tão individualizada e com laços interpessoais tão frouxos existe a possibilidade de falar em próximo. Sinceramente, a sensação que eu tenho é que na vida pós-moderna não há espaço para refletir em algumas sérias questões. Afinal o mundo globalizado gira rápido demais e não há tempo para debater e muito menos refletir acerca de  assuntos considerados banais. 

O que vemos hoje é uma sociedade que valoriza exageradamente o consumo, valoriza tanto que já não faz mais idéia do que não é "consumível". A frustração deixou de ser apenas agustiante e passou a ser insuportável, intolerável. As mães não conseguem dizer NÃO aos seus filhos porque  além de não suportarem suas frustrações, também não suportam ser a "causa" da frustração de seus filhos. O que muitas esquecem é que as crianças crescem e que nem tudo o que desejamos é possível ser consumido.
E aí me pergunto: Aonde vamos parar?

E a felicidade... Ah! Esta virou quase um dever social. A sensação que tenho é que ela deixou de ser um projeto de vida, um desejo, "um fazer por onde" e se transformou em uma imposição. E a gente não discute o  imperativo da felicidade, discute? 
É só entrarmos nas redes sociais e conferirmos a grande "felicidade" que todos vivem. Não há espaço para a tristeza, nem quando está relacionada ao luto, depois de três dias, esta tristeza deixa de ser tolerada, afinal, "ser feliz é o que há".
E aí eu me pergunto: Aonde vamos parar?

Ainda não encontrei minhas respostas, mas me deparo com certas angústias presentes na pós-modernidade, mas que são ignoradas pela maioria dos sujeitos que vivem sem saber o que realmente os move e o que os mobiliza. É, vamos ver aonde vamos parar!

Precisava muito fazer este desabafo... 

Meu coração está partido

Não espero que ninguém concorde comigo, mas se alguém refletir sobre as questões citadas e chegar as suas próprias conclusões, já estarei satisfeita.

Quero deixar claro, que escrevi a respeito da sociedade de uma forma geral. Sei que nem todos são tão cegos assim e nem acredito que esta seja a principal causa da tragédia ocorrida ontem.


Tenho pedido a Deus que console, de um jeito que só Ele é capaz de fazer, o coração de todos que de alguma forma estão envolvidos nesta tragédia e que cubra de amor e proteção a vida dos alunos, professores e funcionários que sobreviveram, embora traumatizados, a este tão terrível fato.


Um beijo carinhoso no coração de todas,
Dani Navegantes



1 comentários:

Meu Livro,em construção disse...

Faço do seu desabafo o meu tbm!
Não sei onde vamos para,não encontro justificativas,apesar de ser injustificável.
Mais falta de humanidade,respeito com o seu semelhante,amor a vida,a falta de respeito no geral.
Desde lá de traz,nada justifica,mais hoje conversando com meu sobrinho mostrei pra ele.
E com muita insistência pedi que ele tome cuidado com as palavras e atitudes,podemos moldar um monstro sem perceber.
Tratando-se de cabeças maldosas e almas sem luz.
Mas além da falta de amor,respeito,temor,temos a impunidade.
Impunidade de objetos que tiram vidas a todo segundo,viver em mãos de assassinos de tabela,como o que forneceu materiais para o cenário de uma pessoa bem consciente.
Um doente procura ajuda,carinho no seus momentos de carência etc.
Ele tinha um plano macabro,era uma pessoa limitada,sem um pingo de brilho próprio.
Envelheceria de forma que nunca fosse notado,um ser vazio,gelado e cruel.
E como admirava,seres que não tinham taças de glória,de conquistas e vitórias,optou pelo mais fácil,o mal.Mal esse que provável planejou até a reportagem a percussão do cenário.
Enfim,vou ficando por aqui,a revolta termina me usando,porque tenho ainda mais uma duvida,minha mesmo.
Não sei se aceito o fim dele,assim fácil,ou sei lá...Como uma novela que não gostamos do fim,me relaciono a esse monte de ossos encapado de pele,não se trata de gente!
Ou sei lá ,o que ele merecia,sou consciente violência gera violência,e tbm sou consciente que nada irá trazer essas crianças de volta.
Mais revolta!
Muito Bacana seu Blog

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